Arena Multivozes promove debates sobre diversidade e inclusão na Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes

Programação da tarde desta segunda-feira (18) reuniu rodas de conversa sobre ancestralidade, escola básica e literatura anticapacitista


A  28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes dedicou a programação da Arena Multivozes, nesta segunda-feira (18), a debates sobre diversidade e inclusão. Escritores, educadores e artistas amazônidas participaram de rodas de conversa que abordaram ancestralidade, educação básica e literatura anticapacitista.

O primeiro encontro da tarde ocorreu às 15h, com a roda de conversa “Arte, deficiência e ancestralidade em perspectivas amazônidas”, que reuniu Ybyrá Sousa e Lu da Silva, sob mediação de Matt Sousa. Às 16h30, Wandré Lisboa e Josivan João discutiram “O verso, o diverso e o pluriverso da escola básica – Por uma comunidade escolar inclusiva e assertiva”, refletindo sobre práticas pedagógicas voltadas à pluralidade.

A programação seguiu às 17h30 com Amanda Soares, criadora de conteúdo no perfil @pcdperigosa, e Telma Cunha, que participaram da roda “Palavras que navegam: um olhar sobre a literatura anticapacitista”. “A literatura é o que nos constitui, porque documenta e perpetua a forma como pensamos. Quando falamos de pessoas com deficiência, não basta apenas garantir acesso, mas entender o pertencimento. Pessoas com deficiência constroem memória coletiva e nacional, como Aleijadinho e Frida Kahlo, por exemplo”, destacou Amanda Soares.

O encerramento da Arena Multivozes foi às 19h, com o escritor Marcos Cajé e a doutora em História, Marley Antônia. Mestre em História da África e autor de livros infantojuvenis, Cajé defendeu a importância da representatividade na literatura. “Não adianta só falar de múltiplas vozes, se essas vozes não são escutadas. Promover um dia dedicado à diversidade e inclusão é trazer representatividade preta, indígena e asiática. É preciso que sejamos assertivos em nossos discursos para que possamos oferecer inclusão a todos”, afirmou.

Para o público presente, os debates representaram uma oportunidade de refletir sobre acessibilidade e pertencimento. A pedagoga Mariana Pinheiro, 59 anos, destacou a relevância da iniciativa. “Eu me interesso muito pelo universo da inclusão e acho que todos nós temos que nos sentir incluídos, principalmente quem não possui espaço para tal. É necessário que possamos oferecer esses espaços”, disse.

A 28ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes segue até sexta-feira (22), das 9h às 22h, com entrada gratuita até 21h. A realização é do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Texto: Painah Silva (Ascom Secult)

18/08/2025 21h19 - Atualizada em 18/08/2025 21h22
Por Comunicação (Feira do Livro)