Tradições de Belém são temas na Arena Multivozes
O bate-papo foi realizado às 18h, no último dia de programação da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes
As Vozes da Memória e do Patrimônio repercutiram na Arena Multivozes, deste domingo (25), com o bate-papo “Belém Saudade”, apresentado no último dia de Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. A programação recebeu o historiador Michel Pinho e o músico Félix Robatto como palestrantes.
No bate-papo, os convidados abordaram a relação da música, cultura e viência como vitais para a criação de memórias e nostalgia. Essa relação artístico-cultural é uma oportunidade de debater sobre tradições paraenses e sua contribuição para a história cultural da cidade, destacou Michel Pinho, cuja concentração tem foco na preservação do patrimônio histórico de Belém.
“A Feira do Livro é um lugar de trocas de conhecimentos, memória e também de acompanhamento da nossa história patrimonial. Estabelecer esse [momento] garante acesso à educação e à formação histórica do nosso estado e da nossa cidade”, disse.
Ainda de acordo com Pinho, propor as Vozes do Patrimônio para a Feira estimula o interesse do público a preservar costumes e as multivozes que existem na Amazônia. “Acho a iniciativa muito boa, porque podemos entender [com essa programação] como o patrimônio está diretamente ligado ao nosso cotidiano e à formação da nossa identidade”.
Durante a conversa, lembranças de diferentes épocas de Belém, da Belle Époque à atualidade, foram debatidas. Também foi comentado sobre o desenvolvimento dos meios de comunicação e do cinema na região, além da culinária e agricultura paraense. O público participou contando as vivências pessoais e nostálgicas.
“Todos os momentos constituídos no bate-papo revelaram uma Belém imaginada e conhecida através de olhares e particularidades de cada pessoa que mora na cidade”, acrescentou Félix Robatto, guitarrista e percussionista - que tem pesquisado ao longo dos anos sobre a música latino-amazônica. “Essa atividade é muito importante para conscientização do pertencimento local, porque fortalece o zelo à nossa cultura”, concluiu o músico.
Por Comunicação (Feira do Livro)