'Confraria da Palavra' reúne escritores paraenses em sarau literomusical na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro


Em meio à música e poesia, a 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes abriu espaço, neste sábado (24), para escritores de várias partes do Pará. Na Arena Multivozes, eles participaram da “Confraria da Palavra”, um sarau literomusical onde representantes de nove academias de letras apresentaram um pouco de suas obras ao público da Feira, embalados pelo ritmo do carimbó.

O sarau destacou a riqueza literária do Pará, contando com a participação da Federação das Academias de Letras do Pará  e das Academias de Letras de Belém, Ananindeua, Castanhal, Breves, Barcarena, Santa Izabel, Marajoara de Letras  e da Academia Paraense Literária Interiorana. Ao todo, foram 19 escritores, além do cantor e compositor Gustavo Maranhão.

Marcela Gomes Fonseca, que lançou esta semana no Ponto do Autor - espaço dedicado a lançamentos na Feira - o livro “Nos Sertões d'Água da Estrela Maior”, uma coletânea de nove contos que mescla ficção literária com elementos históricos, celebrou o lançamento e a sua participação, a primeira como escritora no evento. “Sempre vinha para a Feira como consumidora”, lembrou.

Ela, que também é historiadora, representou a Academia Izabelense de Letras. "Eu gostei bastante da dinâmica, achei muito legal. Em 2019, fiz o lançamento de um livrinho no estande dos escritores paraenses e já lancei livros em formato de e-book e também um livro infantil em parceria com Joana Chagas, mas essa é a primeira vez que lanço um livro de ‘verdade’, meu primeiro livro físico", comentou Marcela.

Gustavo Maranhão foi quem abriu o sarau com a música "Boto Encantador", uma composição sua dedicada a Juraci Siqueira, homenageado desta edição da Feira. “A minha participação é para lembrar que o carimbó também faz parte da nossa literatura. No meu trabalho, busco incorporar poesia no carimbó”, disse. Ele também encerrou o sarau com a música "O Imaginário" do Mestre Diquinho.

Valorização - Anne Cavalcante, presidente fundadora da Academia de Letras de Ananindeua, frisou a importância dessa dinâmica para valorizar a presença de todos. "Somos todos escritores que já publicamos obras e estamos aqui para dar visibilidade ao nosso trabalho. Alguns já têm uma trajetória longa, outros estão começando este ano, e é nessa convergência que as academias se encontram na Feira Pan-Amazônica", celebrou.

Antes do “Sarau na Feira”, Anne Cavalcante mediou a mesa “Das Academias ao Luar: escritores em todo lugar”, que contou com a participação de Franciorlis Viannza, presidente da Federação das Academias de Letras, e Rui do Carmo, presidente da Academia de Letras de Belém. O momento discutiu a atuação das academias e foi finalizado com poesia, servindo como introdução ao sarau.

Este sábado, penúltimo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro, tem como tema central as Vozes do Escritor Paraense e, ao longo do dia, todos os painéis realizados na Arena Multivozes dialogam com esta temática. A Feira encerra amanhã (25), com as “Vozes da Memória e do Patrimônio". A entrada é gratuita, das 9h às 21h, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, em Belém.

24/08/2024 19h49
Por Comunicação (Feira do Livro)