Bate-papo discute crise climática e levanta reflexões em defesa da Amazônia
A programação finalizou as atividades de hoje na Arena Multivozes. A Feira segue até 25 de agosto
Com o tema “O tempo do clima”, a Arena Multivozes encerrou a programação deste sábado (17) com o bate-papo sobre o território da Amazônia e os impactos ambientais. Participaram da atividade o escritor e ambientalista Kaká Werá (SP), descendente do povo Tapuia, juntamente com a escritora indígena Márcia Kambeba (AM). A programação aconteceu às 19h, com entrada gratuita, na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes.
O tema central do bate-papo concentrou-se nos desafios para a preservação e equilíbrio da natureza, com abordagens reflexivas amparadas pela visão dos povos indígenas e seus conhecimentos tradicionais sobre uma vida saudável e socioambiental, que é ameaçada pela crise climática do mundo. De acordo com Kaká Werá, o bate-papo desenvolveu com o público o zelo com o lugar em que se vive.
“Para uma vida saudável é necessário cuidar do lugar onde moramos e do lugar que estruturamos nossa identidade. Falar sobre o clima na Amazônia é necessário. Nada melhor do que a Amazônia assumir o protagonismo de suas questões mais contundentes”, afirmou.
A conversa com Márcia Kambeba criou um momento que uniu conhecimentos, vivências e encorajou o público à prática de sustentabilidade com conscientização e sensibilidade que o tema exige. “Em Belém, terra onde o espírito indígena está presente em tudo. É uma honra muito grande [estar na Feira], onde Márcia Kambeba também representa uma firme presença”, complementou Werá.
A participação dos escritores firma a força da Amazônia na Feira Pan-Amazônica do Livro. Durante o momento, a escritora Márcia Kambeba destacou questões que afetam diretamente o meio-ambiente e os caminhos que devem ser trilhados para salvar os rios e as florestas, morada e meio de trabalho de indígenas e ribeirinhos. “Tratamos de questões sobre a crise climática [utilizando] a nossa opinião como povos indígenas, [usando] todos os saberes e a vivência que os nossos antepassados nos deixaram. A forma como viviam e o modo de agir com a natureza [é uma] relação que precisa ser mantida para que nós como humanos possamos continuar existindo”, concluiu.
Por Comunicação (Feira do Livro)