Roda de Conversa coloca o protagonismo jovem em pauta neste sábado (04)
Trabalhos já em execução e possibilidades foram debatidos durante a Roda de Conversa neste sábado (04)
A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes promoveu, neste sábado (04), uma roda de conversa sobre o protagonismo juvenil na ressignificação de territórios. A programação reuniu representantes de importantes movimentos socioculturais de Belém que são projetos concebidos em bairros periféricos e atendem centenas de pessoas hoje em dia.
O estudante Fabrício de Souza é morador do bairro da Terra Firme e atua como mobilizador social de crianças para a prática de atividades educativas no bairro. Representante do coletivo Tela Firme, que oferta serviços gratuitos para moradores do bairro através do audiovisual, ele falou sobre a importância de estar incluído na programação da Feira do Livro e poder falar sobre o trabalho executado no bairro.
“É gratificante perceber o quanto é importante a Terra Firme e outros bairros periféricos aparecerem em programações como a Feira do Livro. Poder mostrar que existem coisas boas nesses lugares, não só estatísticas de violência” afirmou.
Histórias de transformação e possibilidades para o futuro dos jovens cativaram o público presente
Também moradora da Terra Firme, Kleidiane Souza participou do debate e apresentou o trabalho executado no bairro através do programa Cine Club TF. Ao final, ela falou sobre a importância de ter jovens da periferia ocupando lugares de destaque.
“Nós da periferia não temos muitas oportunidades de vir para o centro, de mostrar quem somos, o que fazemos, a grandeza que a gente têm. Então fazer parte de programação dentro da Feira do Livro hoje é algo grandioso” destacou.
Ainda dentro da programação, o engenheiro cartógrafo Jean Ferreira falou sobre o projeto Gueto Hub, um espaço multicultural localizado no Jurunas e que oferece opções de leitura, arte, estudo e lazer para a população. Para ele, “as iniciativas que foram trazidas refletem muitas categorias e narrativas. São projetos periféricos que nasceram de ideias. E são essas ideias que transformam”, disse.
A mediadora da programação, a professora Carol Pabiq, destacou a importância dos temas discutidos e o quanto a atuação de jovens pode mudar realidades dentro das periferias.
“É importante ter consciência do que você está fazendo, da importância das ações transformadoras. Uma boa ideia é um poder. Quando você a executa, você transforma o espaço, a história, a sociedade e o mundo. Isso é importantíssimo. É muito importante ver que o Governo do Estado observou que existem ações populares que acontecem” concluiu.
Serviço:
A 24ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre até domingo (05), de 9h às 21h, na Arena Guilherme Paraense, o Mangueirinho.
Texto: Matheus Rocha (SECOM)
Por Comunicação (Feira do Livro)